sábado, 25 de junho de 2011

Orientação Sexual

UTCD

Pedro Juan Caballero


DOCTORADO EN CIÊNCIAS DE LA EDUCACION

INVESTIGACION EN REDES

TECNOLOGIAS DE LA INFORMACION Y LÃS COMUNICACIONES (TIC)
PROF. DR. CRISTIAN BASÍLIO DIAZ CUEVAS


DOCTORANDA: LENI DE SOUZA ARRAES
GRUPO CÍCERO



Orientação Sexual
Sabe-se que desde a década de 20, há registros de discussões e de trabalhos em escolas, com diferentes enfoques e ênfases, sobre temática da sexualidade. Provalvemente em função das mudanças comportamentais dos jovens dos anos 60, dos movimentos feministas e de grupos que pregavam o controle da natalidade, intensificou-se ainda mais a inclusão da temática da sexualidade no curriculo das escolas de ensino fundamental e médios,a  partir da década de70.
Em meados dos anos 80, a demanda aumentou por trabalhos na área da sexualidade  nas escolas,em virtude da preocupação dos educadores com o grande crescimento da incidência de gravidez indesejada entre adolescentes e como o risco da infecção pelo HIV(vírus da aids) entre os jovens.
Antes, as familias apresentavam resistência á abordagem dessas questões no meio escolar, mas atualmente sabe-se  que os pais reivindicam a orientação sexual nas escolas,pois reconhecem não só a sua importância para crianças e jovens, como também a dificuldade de falar abertamente sobre o assunto em casa.
As manifetações da sexualidade afloram em todas em todas as faixas etária. Ignorar, ocultar ou reprimir são algumas respostas lrabituaes  dados por profissionais poucos informados, respaldados na idéia de que esse assunto deve ser  lidado apenas pela familia.
Na prática, toda familia realiza a educção sexual de suas crianças e jovens, mesmo aquelas que nunca falam abertamente sobre isso.O comportamento dos pais entre si, na relação com os filhos, no tipos de  “cuidados” recomendados, nas expessões, gestos e proibições que estabelecem, são sexualidade que a criança e do adolescente aprendem.
O fato de a família ter valores liberais, progessistas ou mesmo conservadores, professar alguma crença religiosa ou não, e a forma como o faz, determina em grande parte a educação oferecida.
Se as palavras, comportamentos e ações dos pais configuram o primeiro e o mais importante modelo da educação sexual das crianças, jovens e adultos_ao expressarem sua sexualidade ensinam coisas, transmitem conceitos, idéias tabus, preconceito e esteriaticos que vão se incorporando á educação sexual.
Pode afirmar que é no espaço privado, que  a criança recebe,com maior intensidade, as noções a partir das quais vão construindo e expressando a sua sexualidade.
Com muita força nas suas mútiplas manifestações, a medida, assume relevante papel, ajudando a melhorar visões e comportamento. Ela trasmite imagens eróticas; que estimulam crianças e adoloscentes, incrementam a ansiedadede e alimentando fantasia sexuais. Veicula também campanhas educativas quem nem sempre são dirigidas adequadamente a esse público. Moraliza e reforça o preconceitos. Ao ser elaborada por crianças e adolescentes, essa mescla de mensagens pode acabar produzindo explicações e conceitos tanto fantasioso quanto errôneos.
A sexualidade no espaço escolar não é só vista em muros, paredes, portas de banheiros, etc. Ela ínvade a escola por meio das atitudes dos alunos em sala de aula e da convivencia social entre eles. Por vezes, a escola realiza o pedido impossivel de ser atendido, de que os alunos deixem sua sexualidade fora dela.
Há também a clara presença da sexualidade dos adultos que atuam na escola. A grande inquietação e curiosidade que a gravidez de uma professora desperta nos alunos menores  é um dos exemplos.
Todas essas questões são expressas pelos alunos, cabe porém, a escola desenvolver ações reflexivas, críticas e educativas,
Sabe-se que as curiosidades das crianças a respeito da sexualidade são questões muito significativas para subjetividade, na medida em que se relacionam como conhecimento das origens da cada um e com o desejo de saber. A oferta, por parte da escola, de um espaço em que as crianças possam esclarecer suas dúvidas e continuar formulando novas questões, contribuir para o alívio das ansiedades que muitas vezes interferem no aprendizado dos conteúdos escolares.
Com a ativação hormonal, que é naturalmente da puberdade, a sexualidade assume o primeiro plano na vida e no comportamento dos adolescentes.Toma o caráter de urgência, é o centro de todas, as atenções, está em todos os lugares, na escola ou fora dela, nas piádinhas, nas malícias ,nas atitudes e apelidos maldosos nos bilhetinhos, no ”ficar”, nas carícias públicas, no escurinho , no namoro e em tudo o que qualquer materia estudada possa sugerir.
Com a inclusão da orientação sexual ans escolas,a discussão de questões polêmicas e delicadas, como iniciação sexual, o “ficar”, o namoro, masturbação, hormossexualidade ,aborto, disfunções sexuais, pornografia e prostituição, dentro  de uma pespectiva democrática e puralista, em muito contribui para o bem-estar das crianças, dos adolescentes e dos jovens na vivência de sua sexualidade atual e futura.
Se a escola deseja ter uma visão integrada experiência vividas pelos alunos, buscando desenvolver o prazer pelo conhecimento, é nescessário reconhecer que desempenha um papel importante na educação para uma sexualidade ligada a vida, á saúde, ao prazer e ao bem–estar e que envolve as diversas dimensões do ser humano canalizando essa energia que é vida, para produzir conhecimento, respeito a si mesmo, ao outro e a coletividade.
Orientação Didáticas
Para trabalhar Orientação Sexual deve-se levar em conta a faixa etária com a qual se está trabalhando, pois, em geral as questões da sexualidade são muito diversas a cada etapa do desenvolvimento.
Na puberdade, por exemplo, um ano pode significar uma imensa transformação pessoal em todos os sentidos. É importante que o professor aborde as questões dentro do interesse e das possibilidades de compreenção própias da idade de seus alunos, respeitando aos medos e as angústias típicos daquele momento.
È bastante comum que o mesmo tema surja como interesse em diferentes momentos para cada aluno ou grupo, o que não significa que já não tenha sido bem trabalhado. Isso ocorre porque, a cada momento, as questões relativas a esse tema se  ampliam e se conectam com outras dúvidas e preocupações, demandando, portanto, a sua retomada.
O professor deve estar atento ás diferente formas de expressão dos alunos. Muitas vezes o repeteção de brincadeiras, apelidos ou paródias de músicas aluzivos á sexualidade podem significar uma necessidade não verbalizada de discussões e de compreensão de algum tema. Deve-se então atender a esse pedido.
O professor não deve emitir juízo de valor sobre essas atitudes, e sim contextualiza-las. O mesmo vale para as respotas que oferece as perguntas feitas pro seus alunos.
Sua, postura deve ser pluralista e democrática, o que cria condições mais favoráveis para o esclarecimento sem a imposição de valores particulares.
O trabalho pedagógico é feito principalmente por meio da atitude do professor e de suas intervenções diante das manifestações de sexualidade dos alunos na sala de aula, visando auxíliá-los na descrição do lugar público e do privado  para as manifestações saúdaveis da sexualidade correspondentes á sua faixa etária. É a partir dessa concepção que a criança aprenderá a satisfazer sua necessidade de prazer em momentos e locais onde esteja preservada a sua intimidade.
Também, o conteúdo trabalhado, deve  favorecer a compreenção de que o ato sexual e intimidade similares são manifestações pertinetes á sexualidade de jovens e de adultos, não de crianças.
Com relações ás brincadeiras a dois ou em grupos que remetem á sexualidade é importante que o professor afirme como princípios a necessidade do consentimento e a aprovação, sem contragimento, por parte dos envolvidos. Para a prevenção do abuso sexual é igualmente importante o esclarecimento de que essas brincadeiras em grupo são prejudiciais quando envolvem crianças e jovens de idades diferentes ou quando são realizadas entre adultos e crianças.
Ao mesmo tempo que oferece referência e limites, o professor deve manifestar a compreensão de que as manifestações da sexualidade infantil são prazerosas e fazem parte do desenvolvimento saudável de todo ser humano.
É necessário cuidado para não humilhar ou expor os alunos. Tais manifestações não devem ser condenadas ou julgadas segundo doutrinas morais. Dessa forma, o professor contribui para que o aluno reconheça como lícitas e legitimas suas necessidades e desejos de obtenção de prazer, ao mesmo tempo que processa as normas de comportamento  do convívio social.
O Domínio de Si Mesmo
Para que a educação sexual seja adequada e completa, o ser humano deverá impor-se a uma vivência sexual que respeite a sua dimensão propriamente humana. Trata-se de humanizar a sua sexualidade, isto é vivê-la segundo a complexidade humana que nunca dispensa o espirito e a alma.
Com efeito, o ser humano é corpo, espírito e alma.(ver I Tessalonicensses cap5: v 23 “ E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e tendo vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” )
Ser homem em toda sua plenitude é impregnar o corpo de espírito e alma a tal ponto que a sexualidade se torne uma viva expresão de amor e o lar um pedacinho de céu. Vivência sexual humana não significa, portanto, mergulhar no mero gozo egoísta e egocêntrico, significa, porém, a disponibilidade de colocar sua sexualidade para expressar o amor, fazendo com que um ser se dedique ao outro. Isso supõe que as pressões foram dominadas, que se conseguiu escapar á compulsividade sexual, e que se  atingiu um grau de liberdade interior, assegurando o respeito á dignidade de outro ( que nunca será reduzido a coisas e a objeto de gozo) e o respeito á dignidade de si ( que jamais se tornará um desprezível aproveitador). (ler: Malaquias 2:15 “E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E porque somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.”)
É preciso reconhecer  o extraordinário e profundíssimo valor humano do sexo. Extraordinário:  “porque ele é a última e mais alta expressão do amor”.
Profundíssimo:  “porque atinge a raiz de nosso ser, conjugando tão estreitamente nosso corpo e nossa alma a ponto de não se poder mais distinguí-los”.(Gênises 2:23 e 24 “ E disse Adão: esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne”.)
É por ter tal valor que a sexualidade humana não deve ser reduzida a mero instinto animalesco, cego e sem dimensão pessoal, tendo somente uma conotação instintiva como no animal.
Na sexualidade humana devem triunfar a liberdade, o projeto e o amor.(Cantares de Salomão 8:6 “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor.”;Próverbios 15:22 “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão.”;Galatás 5:13” Porque vós, irmãos, fostes chamados a liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas serví-vos uns aos outros pela caridade”. )
O vincúlo entre liberdade e sexualidade é da maior importância. Uma sexualidade fechada no determinismo e escravizada por reflexos condicionadas não tem mais nada de humana. Ela naufraga numa escravidão disfarçada, uma vez que o ser humano não é mais dono de si, de  suas descisões e de suas reações. Empurrado por reflexos que se impõem a ele, preso por  hábitos que não lhe permitem alternativas, ele é escravo de uma sexualidade  irracional, sentindo-se “O poderoso”. Vive tristemente sob o império dos sentidos. È escravo de correntes douradas talvez, mas sempre inquebratáveis. Disse adeus à sua liberdade!
Escravo de si mesmo, possuído por uma sexualidade que tornará o amor impossível, ele prepara uma história conjugal lamentável que poderá ser até trágica. Saberá possuir; não saberá amar .E o cônjuge acabará se revoltando contra tal situação que fere a sua sede de amor, de respeito e de dignidade.
Essa é a história de muitas pessoas que acabaram  mergulhados no abismo da infelicidade. Esta será a triste história de qualquer ser humano que,  em vez de se tronar livre, se deixará escravisar por  seus impulsos. Vale repitir, portanto, que o problema da educação sexual não deve se reduzir á transmissão de uma carga de imformações recebidas dos outros, mas que deve se equacionada pela luta interior que o ser humano imporá a si mesmo para conseguir seu crescer integral. A palavra de ordem de tal educação devia ser: um homem-livre/sexualidade dominada.
Isso não significa que o valor da sexualidade seja negado, que deva inteirar uma psicologia do medo merante proibitiva, na base do “não pode”, ”não deve”, ”é pecado”,etc.. isto seria mera castração e não educação.

Leni de Souza Arraes

Bibliografia
*Abia. “A AIDS e A Escola- nem indiferença, nem descriminação” Rio de Janeiro 1993
*Artangy L.R _ “O Sexo é Um Sucesso”  S.Paulo, Àtica,1992
*Suplicy , M.  “A Lei- Sexo Se Aprende Na Escola” – S.Paulo –olho d´água,1995
*BIBLIA SAGRADA.




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